quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Evitar julgamentos

É muito difícil aprender se você julga.
É impossível amar com julgamentos.
Nos últimos capítulos, estou lendo "Antes que você morra - Revelações sobre o Caminho Sufi", do homem que ficou conhecido como Osho.
Para mim, de todo o conteúdo do livro, o qual ainda será comentado em outros textos, a lição mais bonita é esta estória do capítulo "Não Julgueis":
Um jovem veio a Dhun-Nun e disse que os Sufis estavam errados, e muitas outras coisas mais. O egípcio tirou um anel do dedo e lhe entregou: 'Leve isto para os mascates e veja se pode conseguir uma peça de ouro por ele', disse. Ninguém no mercado ofereceu mais do que uma só peça de prata pelo anel. O jovem trouxe o anel de volta. 'Agora', disse Dhun-Nun, 'leve isto a um verdadeiro joalheiro e veja o que ele pagará'. O joalheiro ofereceu mil moedas de ouro pela pedra. O jovem ficou assombrado. 'Então', disse Dhun-Nun, 'seu conhecimento sobre os Sufis é tão grande quanto o conhecimento dos mascates sobre joias. Se você quer avaliar pedras preciosas, torne-se um joalheiro'.
Ou seja, caros amigos, temos de outorgar autoridade para que as pessoas possam nos auxiliar no processo de aprendizagem e vivência, sejam elas quem forem. Aliás, os animais, as plantas, os minerais, tudo o que nos cerca tem algo a nos dizer. Os mascates, nesta estória, nos ensinam a estar atentos, e os joalheiros nos ensinam a buscar sempre o sentido das coisas.
A sabedoria está no todo, é impossível dizer-se sábio conhecendo apenas partes de uma história. 'Todo o julgamento é errado porque o mundo todo está tão profundamente interligado que, a menos que você conheça o todo, não poderá conhecer a parte. O momento presente está interligado com todo o passado; o momento presente está interligado com todo o futuro' (Osho, 1982, p. 39). 
Para mim, isso faz muito sentido: não olhar para pequenos fatos externos e ficar fazendo conjecturas instantâneas, basta deixar que o mundo te supreenda, a vida sempre te surpreende!

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