terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Saudade é amor que fica

Ouvi o título deste post em um círculo feminino. Para quem não conhece o que são os círculos femininos, recomendo visitar o blog da Ana Andrade, irmã de caminhada nesta seara, e pessoa com conhecimento e desenvoltura para falar sobre o assunto. Sou seguidora do blog dela. Clã Filhas da Lua.
Bem, fonte revelada, hoje estou assim. Cheia de amor que fica...
Que fica, que fica, que fica cutucando meu pobre coraçãozinho!
Lembrando o quanto é lindo, e o quanto é duro amar alguém.
Ninguém conta a parte ruim nos contos de fadas.
As meninas crescem achando que vão encontrar uma bruxa má, no máximo, entre elas e seu príncipe. Mas a bruxa má, na real, é tão boazinha... Às vezes, merecem até um trofeu de melhor amiga, melhor professora, melhor esposa do bairro... Bruxinhas safadinhas, disfarçadas de cordeiros! Às vezes, nem feiosas são. São bem bonitas, até mais bonitas do que a princesa...Pelo menos, a embalagem.
O Lobo Mau, no máximo, vestia a roupa da vovozinha, mas a Chapeuzinho Vermelho conseguia ver o nariz grande, os olhos grandes, os dentes grandes... Nem a Chapeuzinho caiu na conversa do Lobo, acabou salvando a vovozinha e ficando com o Lenhador!
Aliás, bem que as bruxas poderiam parar de me perseguir e o Lobo Mau começar a me visitar mais seguidamente, porque oh Lobo com mania de grandeza, esse! Vai saber...hehehehehehe!
Voltando ao assunto saudade, porque o texto tomou uns rumos meio psico-fabulo-eróticos, a minha saudade é das piores...
É daquelas que lembram que a vida tem vida própria, que o coração é puro sentir, que não há razões para amar, que o amor acontece...
E acontece nem sempre quando a gente quer.
Quando a gente pode.
Quando tudo está certo e organizado na vida.
Acontece e pronto.
Durma com esse barulho!
Minha saudade é de amor erótico, vocês já podem ter percebido a essas alturas.
É de um cara, pronto, falei! Tipo aquela publicidade daquela operadora de telefonia cujo nome não pode ser citado para evitar processos.
Pronto, falei! Toh com saudade de um cara e fui pega desprevenida.
Só posso esperar: ou amor passar, ou a saudade passar e o amor vir me visitar.
Sei lá.
O que vier primeiro.
ps: ou o Lobo Mau me ligar! Quem sabe...

Observatório em tempo parcial


Nada como ficar sentadinha esperando um voo para fazer um pequeno estudo da natureza humana.
Agora, neste momento, tem um senhor me olhando com cara de pavor. Deve estar pensando: que tanto essa criatura escreve nesse computador?
Sim, amigos, eu não tenho um tablet. Ainda uso um jurássico note... Nunca vi como tudo em tecnologia vira jurássico tão rápido.
Olho mais a frente e vejo um rapaz balançando o pé com muita raiva na frente de uma locadora de veículos. Não deve ter gostado da proposta da locadora, deve estar pensando que a empresa para qual ele trabalha não vai gostar do valor da nota, ou  franquia do seguro deve ser absurda, ou pior, não reservaram o carro que ele pediu e só têm carros sem ar condicionado. O calor lá fora é típico do dezembro sulista.
Vejo alguns silenciosos e discretos nipônicos passando... Nem sei como os vejo, pois são sempre tão calmos e constritos que dá para entender como o Bruce Lee era um bom ninja.
Temos já uma família bem brasileira passando após os amigos orientais, muito barulhentos e gesticulentos! Estão brigando, acho que a menininha queria mais sorvete. Está gordinha por algum motivo, né?
Apesar de ser uma terça-feira, vejo mais famílias do que trabalhadores solitários, como é o meu caso.
Aliás, mulheres trabalhadoras solitárias ainda não são maioria nesse aeroporto, pelo menos.
Ok, ok, estou em Florianópolis. Destino turístico. Início das férias. Tudo está sob controle.
Já ia começar a ficar deprimida, pensando no por quê de não existirem tantas mulheres quanto homens que viajam a trabalho por si sós.
Mas ainda acho que há disparidade nesse quesito.
Também, se não for assim, a esécie vai se extinguir. Quem vai ter filhos? Os homens ainda não podem ser mães...
Vejam lá que tudo tem um porquê, mesmo que seja a boa e velha diferença sexista. Já nem sei se devo dizer que é assim, porque concordo que os homens devem assumir seu lugar de liderança na sociedade.
Ah, tah, mulher leitora, vai dizer que você gosta de homem banana?
Concordo que a mulher que quiser ser uma profissional de sucesso deve fazer alguns sacrifícios, sim, lutar muito, estudar muito, em pé de igualdade com os homens.
Entretanto, a maternidade diminui o ritmo da mulher, e ainda não são todas as mulheres que abrem mão dessa parte da vida, a parte mãe.
Há mães no aeroporto, bebês no carrinho, mas elas ficam, os papais vão pra caça! Hehehehehehe!
Já estou hipoglicêmica, lembrei que esqueci de almoçar. Antes que eu receba uma vaia da comunidade feminista, vejam bem, estou apenas narrando o que está ao meu redor. Não tenho culpa se vejo mais engravatados que a turma do saltinho.


Moça(o), aceita um brinde



Eu sei, eu sei. Não deve ser fácil trabalhar como vendedor de revistas em uma era digital como esta em que vivemos.
Quem vai querer assinar um periódico se quase todas as notícias, textos, reportagens especiais estão na íntegra na WWW?
E se não estão, alguém tem a fonte. Sempre tem um amigo que paga a assinatura digital de alguma dessas mídias, ou seja lá como se chama o site do periódico. Digitalês não é meu forte, creiam nisso!
Mas o tema de hoje é a chatice de você estar caminhando em um aeroporto e alguém começar a te chamar do nada “moça(o), senhor(a), aceita um brinde?”
Se você está de sangue doce, amigo leitor, vai acabar caindo no conto do vigário.
Uma vez eu fiz dessas. Estava com tempo, resolvi aceitar o “brinde”.
Fui até o rapaz que gritava ensandecido e descobri que se tratava de uma oferta de assinatura de três revistas que nem me interessavam.
O “brinde” era uma edição de qualquer revista da Editora X, chamemos assim, para evitar processos (sim, já os tenho em número suficiente – não contra mim, não esqueçam que eu advogo por profissão). Mas, para levar o “brinde”, eu teria de aderir à promoção do Seu Moça, Moça, chamemos assim o vendedor da editora.
Pelo menos ele me chamou de moça, pior é quando me chamam de senhora! Nada contra a boa educação dos rapazes, mas eu tenho 27 anos, prefiro que sejam um pouquinho mal educados, nesses casos...
Bem, eu não sei quanto a vocês, mas fiquei muito braba! Onde já se viu captar clientes oferecendo um brinde que não é brinde coisa nenhuma!
Política péssima dessas empresas.
Aliás, gostaria muito de um dia ouvir dados concretos, analisados e explicitados por qualquer responsável pela unidade de marketing das grandes empresas para saber a efetividade deste tipo de publicidade, bem como do telemarketing.
Todo mundo odeia telemarketing!!!
Eu mesma não conheço muitas pessoas que aceitem as promoções de telemarketing. Aliás, conheço pouquíssimas pessoas que se dão ao trabalho de ouvir os operadores.
Mas também pudera.
Esses dias eu estava semi-acordada quando a operadora de telefonia móvel me ligou oferecendo uma promoção de uma maneira tão maluca que eu autorizei receber a proposta por e-mail, e, na realidade, ouvi, ao final da ligação, parabéns pela compra!
Mas eu não havia comprado nada! Havia aceitado receber uma proposta por e-mail!
Pessoal, a guerra para que a gente consuma desenfreadamente anda tão maluca que estamos enlouquecendo junto.
Por essas e outras passei a não ter mais nenhuma sentimento de piedade pelos Seu Moça, Moça; pelos operadores de telemarketing, sei que estão trabalhando, porém pela minha saúde mental finjo que sou surda, cega ou doida!
Passo reto! Bato o telefone na cara dos telemarketing toda a vida! Azar é de quem me acha mal educada.
O velho boca a boca de cliente para cliente é que funciona de verdade.
Pra mim, nada de Moça, Moça. E se for Senhora, Senhora, então... Prefiro não comentar!!!