terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Observatório em tempo parcial


Nada como ficar sentadinha esperando um voo para fazer um pequeno estudo da natureza humana.
Agora, neste momento, tem um senhor me olhando com cara de pavor. Deve estar pensando: que tanto essa criatura escreve nesse computador?
Sim, amigos, eu não tenho um tablet. Ainda uso um jurássico note... Nunca vi como tudo em tecnologia vira jurássico tão rápido.
Olho mais a frente e vejo um rapaz balançando o pé com muita raiva na frente de uma locadora de veículos. Não deve ter gostado da proposta da locadora, deve estar pensando que a empresa para qual ele trabalha não vai gostar do valor da nota, ou  franquia do seguro deve ser absurda, ou pior, não reservaram o carro que ele pediu e só têm carros sem ar condicionado. O calor lá fora é típico do dezembro sulista.
Vejo alguns silenciosos e discretos nipônicos passando... Nem sei como os vejo, pois são sempre tão calmos e constritos que dá para entender como o Bruce Lee era um bom ninja.
Temos já uma família bem brasileira passando após os amigos orientais, muito barulhentos e gesticulentos! Estão brigando, acho que a menininha queria mais sorvete. Está gordinha por algum motivo, né?
Apesar de ser uma terça-feira, vejo mais famílias do que trabalhadores solitários, como é o meu caso.
Aliás, mulheres trabalhadoras solitárias ainda não são maioria nesse aeroporto, pelo menos.
Ok, ok, estou em Florianópolis. Destino turístico. Início das férias. Tudo está sob controle.
Já ia começar a ficar deprimida, pensando no por quê de não existirem tantas mulheres quanto homens que viajam a trabalho por si sós.
Mas ainda acho que há disparidade nesse quesito.
Também, se não for assim, a esécie vai se extinguir. Quem vai ter filhos? Os homens ainda não podem ser mães...
Vejam lá que tudo tem um porquê, mesmo que seja a boa e velha diferença sexista. Já nem sei se devo dizer que é assim, porque concordo que os homens devem assumir seu lugar de liderança na sociedade.
Ah, tah, mulher leitora, vai dizer que você gosta de homem banana?
Concordo que a mulher que quiser ser uma profissional de sucesso deve fazer alguns sacrifícios, sim, lutar muito, estudar muito, em pé de igualdade com os homens.
Entretanto, a maternidade diminui o ritmo da mulher, e ainda não são todas as mulheres que abrem mão dessa parte da vida, a parte mãe.
Há mães no aeroporto, bebês no carrinho, mas elas ficam, os papais vão pra caça! Hehehehehehe!
Já estou hipoglicêmica, lembrei que esqueci de almoçar. Antes que eu receba uma vaia da comunidade feminista, vejam bem, estou apenas narrando o que está ao meu redor. Não tenho culpa se vejo mais engravatados que a turma do saltinho.


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